21/03 Bem precioso

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Thame destacou que o Brasil detém uma das maiores reservas de água doce do mundo. No entanto, há uma distribuição desequilibrada. Segundo o deputado, é preciso considerar não apenas a disponibilidade de água, mas também o saneamento básico. O deputado lembrou que 85% do esgoto doméstico brasileiro vão parar nos rios, lagos e mares, sem tratamento. Além disso, 56% dos domicílios não têm rede de esgoto e em 22% não existe água tratada. “Na zona rural, a situação é pior do que em muitos países africanos. Temos de investir pesadamente. No entanto, o que estamos vendo é uma dificuldade imensa do governo em conseguir fazer isso”, reprovou.

O deputado citou números do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que previa, entre 2007 e 2010, R$ 12 bilhões para saneamento básico. “Desse total estavam previstos 101 projetos considerados prioritários em municípios com mais de 100 mil habitantes, mas apenas três foram concluídos, 21 estão em andamento e 67, até o final do ano passado, não tinham sido iniciados”, enumerou. “Se quisermos ter um país mais igual, onde não haja miséria, precisamos decidir investir maciça e prioritariamente em saneamento básico, pensando nas nossas crianças e no futuro do nosso Brasil”, reforçou o tucano.

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Trata Brasil, o saneamento básico completo — água tratada, esgoto coletado e esgoto tratado — aumenta a produtividade média do trabalhador brasileiro em 13,5% e o rendimento escolar das crianças é quase 20% maior do que as moradoras de locais sem o serviço. “Por tudo isso, não se concebe falar em abolir a pobreza absoluta, construir um país rico, sem pobreza, sem miséria se não investirmos em saneamento básico. Quanto custa isso? R$ 50 bilhões. Se fôssemos resolver em uma década, dez longos anos, teríamos de investir R$ 5 bilhões por ano”, ponderou Mendes Thame.

O parlamentar citou ainda dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro segundo os quais mais da metade dos leitos hospitalares é ocupada por pessoas que contraíram doenças transmitidas pela água. Conforme explicou, males como cólera, amebíase, peste bubônica, hepatite, febre amarela, meningite, sarampo e pólio são transmitidas ao se beber água contaminada e representam a grande causa da mortalidade infantil.

Os dados mostram que as crianças são as mais vulneráveis à água contaminada. Quando o esgoto é coletado e tratado por completo numa região, o índice de mortalidade infantil despenca. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2008, do IBGE, mostra que 34% das ausências de crianças de até 6 anos em creches e salas de aula se devem a doenças de veiculação hídrica”, apontou Mendes Thame.

Políticas públicas deficientes
85% do esgoto doméstico brasileiro vão parar nos rios, lagos e mares, sem tratamento. Além disso, 56% dos domicílios não têm rede de esgoto e em 22% não existe água tratada. Apesar desta realidade, o governo não consegue destravar as obras de saneamento básico, como alertou o deputado tucano.

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