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12/08/2015 | Ex-ministra Erenice Guerra é alvo da oposição em CPI do BNDES

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A ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra é alvo de requerimento de convocação por deputados do PSDB na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Braço direito da presidente Dilma Rousseff enquanto comandou a Casa Civil, Erenice Guerra deixou o cargo em setembro, às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial de 2010, sob acusação de tráfico de influência no governo, envolvendo seu filho e servidores da pasta. Ela acabou inocentada no caso.

Os deputados Alexandre Baldy (PSDBGO) e Mendes Thame (PSDBSP) justificam, no pedido de convocação apresentado na terça-feira, que apesar de o processo judicial aberto para investigar o caso tenha sido arquivado por falta de provas em 2012 a pedido do Ministério Público Federal (MPF), o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira afirmou em seu relatório à época que se podia depreender que ocorreram movimentações financeiras de Israel Guerra, filho da ministra, incompatíveis com rendimentos declarados à Receita Federal.

Durante as investigações, o filho da ministra foi considerado suspeito de cobrar comissões de empresas para liberar crédito no BNDES e para renovar concessão na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As denúncias relacionadas ao caso foram consideradas determinantes para levar a disputa presidencial à época para o segundo turno.

Embora os deputados adotem um tom de cautela e evitem apontar um envolvimento direto inevitável entre Erenice, Dilma e o ex-presidente Lula, os autores dos requerimentos afirmam que a Casa Civil é “antessala da Presidência” e que o setor elétrico foi “praticamente exercido por Dilma” durante o governo Lula. Os tucanos defendem que o ambiente político seja colocado em segundo plano pelos integrantes da CPI e dizem acreditar na viabilidade técnica para a aprovação do requerimento para convocar a ex-ministra Erenice Guerra.

“Tudo se encaixa perfeitamente no escopo daquilo que queremos investigar”, disse Mendes Thame ao Valor PRO. “Estamos em um regime presidencialista. É muito difícil alguém [presidente] alegar no presidencialismo que não saiba de nada”, acrescentou o deputado.

“Queremos entender todas as operações de intermediação que supostamente houve para liberação de recursos do banco. Houve o arquivamento do inquérito, mas ele deixou claro que há indícios a serem investigados”, disse também o deputado Alexandre Baldy. “Queremos entender bem essa suposta operação de intermediação para essas concessões de crédito do BNDES para o setor elétrico, onde a presidente inclusive teve forte atuação”, completou.

Fonte: Valor Econômico

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