Foto: José Henrique

O Deputado Federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) propôs diversas medidas para reverter a crise do etanol na manhã de ontem (19), durante palestra no encontro promovido pela Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana), no auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados em Brasília. O objetivo do evento foi trazer um panorama sobre a situação do setor sucroenergético brasileiro.

Para Thame, o uso do etanol de cana-de-açúcar reflete positivamente na saúde pública; contribui para a redução de gases do efeito estufa; equilibra a balança comercial; impulsiona a co-geração de energia elétrica, propicia maior segurança geopolítica e gera empregos.

O parlamentar disse também que o mercado mundial de biocombustíveis vai se expandir devido ao aumento da demanda e que medidas mandatórias estimulam o desenvolvimento tecnológico e podem induzir a produção em grande escala de biocombustíveis nos países em desenvolvimento.

Durante a palestra, Thame destacou que o setor sucroenergético brasileiro é responsável por 800 mil empregos diretos, com faturamento de R$ 70 bilhões, sendo que 400 unidades industriais produzem etanol de cana-de-açúcar com 70 mil produtores, destacando São Paulo, com 15 mil produtores.

Apesar de tudo isso, o setor vive grave crise, com 44 usinas fechadas, 12 não moem cana na atual safra, e 37 estão em recuperação judicial, resultando em milhares de empregos perdidos.

Mendes Thame propôs que sejam definidas políticas públicas que reconheçam os benefícios do etanol frente à gasolina; incentivos à bioeletricidade, por meio de leilões públicos específicos por fonte de energia e que incorporem as vantagens da bioeletricidade adequadamente ao seu preço; e incentivos à inovação tecnológica, inclusive na indústria automobilística, para melhorar a eficiência do etanol nos motores flex. Propôs ainda que sejam criadas linhas de crédito especiais, com juros subsidiados para alavancar a produção de cana com maior eficiência, na mesma área plantada.

O evento foi promovido pela Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) e contou com a participação da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e a Organização dos Plantadores de Cana do Centro-Sul (Orplana).

Reportagem: José Henrique- Assessor de Imprensa