O deputado Antonio Carlos Mendes Thame participou ontem da inauguração oficial da usina de etanol 2G, da Raízen, instalada em Piracicaba. A primeira usina do Brasil para a produção em escala comercial do etanol celulósico, a partir de biomassa, trouxe também para Piracicaba a presidente Dilma Rouseff, o governador Geraldo Alckmin, ministros e executivos da empresa.

“O início da operação dessa usina e a tecnologia que ela utiliza colocam o Brasil em posição de vanguarda, nos garantem a liderança na utilização de fontes de energia renovável”, diz o deputado, um dos grandes defensores brasileiros das causas ambientais.

A usina já produz desde novembro do ano passado. A Raízen investiu R$ 237 milhões em pesquisa, desenvolvimento e infraestrutura. A planta foi construída em 15 meses e tem capacidade para produzir 40 milhões de litros de etanol 2G, por ano.

A usina de etanol 2G foi construída na área da usina Costa Pinto. Ela tem 12 mil metros quadrados de área construída e mais 15 mil metros para estocagem da biomassa.

Durante o início da operação da usina, no ano passado, a Raízen informou que o objetivo da empresa é aumentar em até 50% a produção de etanol sem a necessidade de ampliar a área de cultivo da cana. Na apresentação da planta, ontem, a empresa informou que a tecnologia produz 115 vezes menos gás carbônico que uma usina convencional.

Essa tecnologia permite, inclusive, a produção do biocombustível na entressafra da cana-deaçúcar. O consumo estimado de biomassa (bagaço, palha e cascas) da usina 2G é de 300 mil toneladas. Antes dessa tecnologia ser desenvolvida para escala industrial, a biomassa era utilizada apenas para a cogeração de energia elétrica.

O etanol celulósico é obtido por meio de uma tecnologia desenvolvida pela Raízen em parceria com a Logen Corporation, empresa canadense de biotecnologia.

No processamento, a biomassa passa por um pré-tratamento. As fibras são desestruturadas, transformadas em açúcares solúveis por meio de hidrólise enzimática. Depois ocorre a fermentação e a destilação. No final do processo, o etanol 2G tem a mesma composição do biocombustível convencional.

Jornalistas responsáveis: Flávia Paschoal e Marisa Massiarelli Setto/Toda Mídia Comunicação

Foto: Lais Simão