Mudanças Climáticas
— 30 de março de 2011
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Por Antonio Carlos de Mendes Thame
Nicolas Stern, no seu recente relatório (2006), diz que “as mudanças climáticas decorrem da maior falha de mercado, na história do capitalismo”.
Como pode o mercado falhar? As forças de mercado, com a “mão invisível” de Adams Smith, não conduzem sempre, invariavelmente, ao ponto de ótimo? Ao ótimo de Pareto, em que todos ganham? Ganham empresas, consumidores, trabalhadores…
Pois bem. O mercado falhou. Por quê? Por que o mercado vê os preços relativos e em função destes preços procura maximizar os lucros, no curto ou no médio prazo. Mais no curto que no médio.
Desde a 1 ª revolução industrial (por volta de 1760), quando foi descoberto o motor a vapor, e a 2 ª revolução (90 anos depois), quando se descobriram a eletricidade e o motor a combustão interna, desde estas duas revoluções energéticas, as forças de mercados foram implacavelmente determinando, impondo a escolha dos insumos relativamente mais baratos (carvão e petróleo), para produzir energia, sem levar em conta, em nenhum momento, por mais de 200 anos, os efeitos maléficos das resultantes emissões de CO2.
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