Propostas de mudanças no sistema para eleição de deputados federais dominaram, na Câmara dos Deputados, a reunião desta quinta-feira (5) dacomissão especial da reforma política (PECs344/13, 352/13 e outras).
O deputado Esperidião Amin (PP-SC) defendeu que cada estado seja considerado um distrito, em um sistema majoritário, no qual os candidatos mais votados seriam eleitos. Nas unidades maiores da Federação, como São Paulo e Minas Gerais, poderiam ser criados subdistritos.
“Manter a eleição por todo o estado é manter uma eleição cara. Queremos reduzir o abuso do poder econômico”, justificou. Segundo Amin, o chamado sistema “distritão”, além de baratear as campanhas, aproximaria o eleitor do eleito.
Já o relator, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), voltou a apontar o voto distrital misto como sistema ideal. Pela proposta, metade dos deputados seria eleita pelo sistema majoritário distrital (em que cada estado é dividido em distritos, e os candidatos com o maior número de votos em cada distrito são eleitos) e metade pelo sistema proporcional, da forma como é hoje, mas com lista fechada de candidatos (em que o eleitor vota no partido, e não no candidato).
Também favorável à divisão em distritos, o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) sugeriu, porém, que se mantenha o sistema proporcional em lista aberta, “Todas as regiões estariam representadas e o candidato não precisaria ter votos em todo o estado, apenas naquela região determinada”, explicou. Com relação às sobras das vagas no Parlamento, entrariam os candidatos mais votados.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Marcelo Oliveira
Fonte – Câmara dos Deputados – Agência Câmara Notícias