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02/12/2016 | O início de um longo caminho pela sobrevivência

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Antonio Carlos Mendes Thame

A Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima­­__COP  22__, realizada no mês passado em Marrakesh, no Marrocos, é o início do caminho a ser percorrido em todo o mundo para cumprir as metas estabelecidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e evitar o aumento da temperatura global.

Este foi o primeiro encontro para colocar em prática o acordo climático que entrou em vigor em tempo recorde, apenas um ano após ter sido assinado por 195 países em Paris. Vale lembrar que o acordo anterior, o Protocolo de Kyoto, levou oito anos para ser formalizado.

Na dia em que o Acordo de Paris para o clima entrou em vigor, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente solicitou à comunidade internacional que intensifique os esforços para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa. Segundo a agência da ONU, mesmo com a implementação do Acordo de Paris, a temperatura média pode aumentar entre 2,9 e 3,4 graus neste século.

Para segurar o aumento em até 2°C, os países precisarão aumentar sua ambição em mais 25%. Isso pode se dar até 2020, conforme prevê o Acordo de Paris.

A entrada em vigor do acordo é o primeiro passo e demonstra a boa vontade dos signatários em reduzir as emissões, e, aos poucos, construir um novo modelo econômico, menos dependente dos combustíveis fósseis.

O pacto prevê que até 2030 todos esses países vão implementar ações, políticas e mudanças legislativas, além de investir em energia renovável para que estes objetivos sejam atingidos.

Todos os países participantes já fizeram promessas de desacelerar a emissão de gases do efeito estufa, que aquecem o planeta. Essas medidas, conhecidas como INDCs (Contribuições Pretendidas Nacionalmente Determinadas), vão vigorar de 2020 a 2030 e estão agora sacramentadas no Acordo de Paris.

Também está incluído o compromisso de países ricos garantirem um financiamento de ao menos US$ 100 bilhões por ano para combater a mudança climática em nações desenvolvidas a partir de 2020, até 2025, quando o valor deve ser rediscutido.

As metas do Brasil são ousadas. Nosso país se comprometeu com a redução de 37,5% das emissões de gases de efeito estufa até 2025, chegando a 43% até 2030, sempre em relação aos níveis registrados em 2005.

Também assumiu o compromisso de ter, até 2030, 45% de fontes renováveis de energia na matriz energética, ampliando o uso de energia solar, eólica e biomassa. E se propôs a recuperar 12 milhões de hectares de florestas e 15 milhões de pastagens degradadas. Atualmente, o país responde por 2,48% das emissões em nível mundial.

Para atingir as metas estipuladas, será preciso reduzir a emissão de gases do efeito estufa, como o CO². Devemos abandonar a civilização carbonária atual, da qual nos tornamos escravos e que se alimenta cada vez mais de combustíveis fósseis e emite gás carbônico, e adotar fontes de energia renováveis, como solar, eólica e da biomassa. Desta vez, precisamos agir rápido e de forma responsável, pelo nosso futuro e pela sobrevivência das próximas gerações.

Antonio Carlos Mendes Thame é deputado Federal pelo PV-SP, presidente do Capítulo Brasileiro da Organização Global de Parlamentares no Combate à Corrupção (GOPAC) e presidente da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção

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