2012.05.16 - PSDB - Plenário 9 - Ministra da Secretária de Relações Institucionais, Ideli Salvati presta esclarecimentos aos deputados Vanderlei Macris (SP), Bruno Araujo (PE) e Mendes Thame (SP)

04/12/2015 | O nosso destino na COP 21

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Antonio Carlos Mendes Thame

Estamos frente a um dos maiores desafios da humanidade: o aquecimento global. Reunidos na COP 21 (Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), na França, até o dia 11 de dezembro, representantes de 195 países têm a missão de decidir o destino de nosso planeta. Durante estes dias, precisam definir o novo acordo do clima, que deverá ter caráter obrigatório e substituirá o Protocolo de Kyoto, para que o mundo possa atender às recomendações do Painel de Mudança do Clima, o qual estabelece o limite de 2ºC de aumento de temperatura na superfície da terra, até o fim deste século.

Além deste limite, as alterações climáticas podem ser drásticas, tornando várias regiões do globo inabitáveis, provocando ciclones cada vez mais destrutivos, secas, aumento no nível dos oceanos e extinção de espécies.

Para tanto, devemos abandonar a civilização carbonária atual, da qual nos tornamos escravos e que se alimenta cada vez mais de combustíveis fósseis e emite gás carbônico. Isso não será conseguido em um passe de mágica.

Se os governos deixarem de subsidiar os combustíveis fósseis e estimularem a utilização de fontes renováveis como as energias solar, eólica e da  biomassa, estariam dando o primeiro passo para a sonhada mudança.

Hoje as renováveis não estão longe da competitividade econômica. É impressionante ver como o preço dos painéis solares, por exemplo, se reduziu em tão pouco tempo.

Acordos como o de China e Estados Unidos, que se comprometeram a cortar significativamente as emissões de CO2 até 2030, só foram firmados porque hoje existem fontes viáveis, baseadas em alternativas tecnológicas que permitem aos países assumir compromissos mais ambiciosos.

Se a energia renovável se tornar mais econômica, com certeza, será a melhor opção para todos. É preciso que haja empenho mundial na diversificação da matriz energética, garantindo o uso preferencial de fontes renováveis, buscando a participação da fonte hídrica e de fontes como eólica, solar e biomassa na geração de energia. Este cenário seria perfeitamente viável, se os subsídios fossem direcionados para estes setores.

Por outro lado, é preciso que não se perca a capacidade de os governos utilizarem o caráter extrafiscal da tributação para induzir comportamentos, sobretaxando o que é sujo e isentando, ainda que parcialmente, aquilo que produz energia limpa.

É urgente uma mudança radical de comportamento e de valores em todo o planeta. Recente relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas) aponta mais de 600 mil mortes nos últimos 20 anos em razão de catástrofes climáticas. Isto representa “uma média de 30.000 vidas por ano, além de 4,1 bilhões de pessoas feridas, sem-teto ou que necessitaram de ajuda de emergência”, informou a ONU.  Estes desastres, cada vez mais frequentes, resultaram em perdas financeiras estimadas em US$1,9 bilhão.

Por isso, é essencial que um novo acordo sobre as mudanças climáticas seja concluído nesta COP 21. Desta vez, ou nos salvamos todos ou ninguém sobreviverá.

Antonio Carlos Mendes Thame é professor (licenciado) do Departamento de Economia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, deputado federal (PSDB/SP) e presidente do capítulo brasileiro da Organização Global de Parlamentares contra a Corrupção (GOPAC).

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